A EEB São Lourenço participou da 3ª edição das Olimpíadas de Língua
Portuguesa “Escrevendo o futuro” nos gêneros:
- Poema (5º e 6º anos)
- Memórias literárias (7ª série)
- Crônica (8ª séries do Ensino Fundamental e 1ª séries do Ensino Médio)
- Artigo de opinião (2ª e 3ª séries do Ensino Médio)
As professoras apresentaram proposta de trabalho aos
educandos baseados nas diretrizes determinadas pelo PPP, eixos do
ensino-aprendizagem da LP e as metodologias propostas pela olimpíada.
Conforme o material de divulgação das olimpíadas nesta todos
ganham, por ser “muito mais que um concurso de textos ,[...] é uma oportunidade
de transformar o ensino da escrita em uma ação docente voltada à formação do
aluno para a vida em sociedade e para o pleno exercício da cidadania.”
Após a realização de todas as sequências, chegou o momento
da produção final dos alunos. Fez-se então, a escolha das melhores produções
por turma que foram encaminhadas à comissão julgadora escolar, sendo que a
mesma escolheu um de cada gênero de acordo com os critérios da olimpíada.
Estes representarão a escola na fase municipal:
Gênero Poema:
MINHA VIDA NO INTERIOR
Mal amanhece e os galos
Se põe a cantar
Acordando aqueles
Que estavam a sonhar.
O sol já começa a nascer
E a brisa a soprar
De repente pássaros alegres
Estão sua melodia a cantar.
O município de Iporã do Oeste
Tem “água boa” como significado
O Rio Pirapó é muito importante
Pois abastece a cidade por todo lado.
O verde por todo lado
É coberto pela geada no inverno
Mas no verão é tão quente
Que até parece um inferno.
Faça chuva ou faça sol
Todo dia, cedinho vamos acordar
Para o sustento da família
Leite das vaquinhas tirar.
É função do agricultor
Trabalhar o ano inteiro
Vai para a roça com orgulho
Ganhar o seu dinheiro.
Nas casas dos vizinhos
Janelas e portas a se abrir
Para que os moradores possam
Um ar fresco sentir.
O sol já brilha forte
Iluminando a paisagem
E borboletas voam livres
Parecendo uma miragem.
Já está anoitecendo
O pôr-do-sol fico a observar
Com o vento batendo em meu rosto
No dia seguinte começo a pensar.
No meio da fauna e flora
E no interior que convivo
Tenho muito orgulho
Desse lugar onde vivo!.
Aluna: Daiane Maldaner
6º ano Ensino Fundamental
Professora Orientadora: Fabiane Heller
Gênero Memórias Literárias:
SAUDADES DESSE TEMPO
O sol lá fora já havia raiado, e eu estava de
baixo de uma coberta de pena de pato, deitado sobre uma cama de ferro velha. As
paredes de madeira mal feitas, deixavam escapar para dentro do quarto alguns
raios de sol, que descansavam sobre o meu rosto fazendo-me acordar.
Eu já tinha vinte e
cinco anos, e ainda morava com meus pais. Já estava mais do que na hora de
seguir o meu caminho, e de construir a minha história.
Neste dia, eu fui
procurar um pedaço do meu futuro, um lugar aonde iria passar o resto da minha
vida.
Saí ainda manhã de
casa, fui a pé, teria que passar pela mata porque não havia estradas, e nem
piques.
Levei comigo um facão
e muita coragem, pois naquele dia, circunstância nenhuma iria me fazer desistir
do meu maior sonho.
A cada passo, deixava
para trás essa dependência que sentia, por ainda morar com meus pais. Estava
determinado de que, a partir daquele dia eu iria construir a minha família.
Enquanto caminhava,
me deparava com o mundo que estava ao meu redor. Plantas, árvores, animais, era
simplesmente tudo magnífico.
Eu já estava cansado,
os meus pés calejados de tanto caminhar sobre aquele solo quente. Mas o que me
animava, era ver os pássaros dançando nos galhos das árvores, cantarolando
melodias que só eles entendiam. Borboletas com cores vibrantes pousavam em meus
ombros. Fazendo me entender de como o mundo era belo.
Segui caminho firme
no meu sonho. Quando depois de muito andado, vi por entre as árvores um lugar
plaino e bom. Aonde perto passava um pequeno riacho, de águas límpidas. Meus
olhos, brilhavam de alegria, estava arrepiado por completo. E naquele instante
a única coisa que me passava pela cabeça, foi que ali seria o lugar aonde iria
dar continuidade a minha vida.
Tenho uma saudade
imensa daquele tempo, em que vivíamos juntamente com a natureza.
Esta pequena
comunidade, que eu e meu irmão fomos colonizadores, foi palco de grandes
alegrias. Lá que dei sentido a minha vida. Foi na pequena casa que construí,
que a minha esposa deu a luz aos nosso
filhos. Lá, debaixo daquele teto, ensinei á eles, as lições, que todo pai
deveria ensinar aos seus filhos.
Estas são algumas
lembranças, que restam a memória de um velho homem. Lembranças de tempo em que
as pessoas aproveitavam mais a vida.Onde as crianças aproveitavam até mesmo o
último raiar do sol para poder brincar com a terra.
Aluna: Franciéli Hemsing
7ª série
Professora Orientadora: Sinara Pinto
Gênero Crônica:
INSEPARÁVEL COMPANHEIRO!
Acordar como todo dia de manhã
cedinho. Olhar pela janela e sentir aquela leve brisa em seu rosto. No entanto,
hoje havia algo diferente, aquela paisagem estava toda branca. Éh! O inverno do
sul chegou!
O momento sublime do banho
quentinho. Roupas e mais roupas jogadas sobre a cama. Mantas, toucas, luvas,
meias... Preparar aquele gostoso chocolate quente. Saborear um bolinho de chuva
ou um pão de queijo. Se aconchegar ao lado do nosso velho amigo. Contudo, já é hora de ir para a aula; não é
moleza não! Escutar a cada passo o barulhinho daquele gramado recheado de gelo.
Tal caminhada, em direção a escola, foi mesmo refrescante. Estava crente de que
todos estariam assim como eu; gordinhos, bem agasalhados.
Mesmo com as queixas do frio,
sabemos tirar bom proveito disso, tomando uma deliciosa sopa na cumbuca
preparada pela mamãe. Sofá, cobertas e filmes em sessões da tarde ficam ainda
melhores com uma agradável companhia. Não podendo faltar as pipocas e o
mate-doce. Uma combinação perfeita, que garante uma tarde bem aquecida. Até
optamos por um passeio em belos lugares, ao encontro do frio. Usufruir das lindas
paisagens que as baixas temperaturas nos propõe.
Em casa, era inevitável o barulho do ranger dos
dentes. O frio já
batia nos vidros novamente querendo entrar. E se bate ou não, pouca diferença
faz. Ele entra, istalando-se pelos comodos da casa. Entretanto, o afago
de um abraço, o calor de um beijo, as risadas, os carinhos e a agradável companhia
do fogão a lenha, espantou para longe o frio.
Era junho, e mesmo o frio se
expandindo por todo julho, nenhuma noite foi igual àquela. A noite mais gelada
do ano, regada a um mate-doce, uma boa música e o ardor do fogão a lenha, me
fez ficar ainda mais juntinho da minha família, aquecendo a todos neste
rigoroso inverno do sul.
Aluna: Thalía Halmenschlager
1ª
Ensino Médio
Professora orientadora: Márcia Melz
Gênero Artigo de Opinião:
Do bem mais precioso ao nome
Iporã
do Oeste, terra do homem simples, trabalhador e da água boa. Localizado no
Oeste Catarinense, tem seu destaque pelo grande crescimento em termos
populacionais e consequentemente, econômicos. A produção pecuária gira basicamente
em torno da agricultura familiar. Na vegetação resplandece a mata nativa, sendo
assim, um lugar com uma flora diversificada.
Situado
entre os limites geográficos do aqüífero guarani, Iporã é privilegiado com uma
enorme abundância em água doce. Espalhados pelo município encontram-se várias
fontes naturais, que ao longo do seu percurso, originam pequenos lajeados e
riachos. Ao decorrer desses córregos, com a quebra de algumas rochas,
formaram-se inúmeras quedas D’água. Com uma beleza natural magnífica, a pequena
e bela Iporã, torna-se um lugar de aconchego e convívio familiar.
Porém,
um grande problema encontrado em termos de conservação e preservação destes
modestos afluentes, é a poluição. Com o demasiado crescimento da população, o
limite de ocupação legal da terra é simplesmente ignorado por algumas pessoas.
Ao percorrer o curso de um pequeno córrego, podem ser encontrados vários tipos
de lixo e dejetos de animais. O problema dessa situação, é que muitos
agricultores, que moram perto da passagem da água, dependem dela para a criação
de animais, sendo que se ela estiver poluída, torna-se inutilizável para o
consumo. A arrogância dessas pessoas provoca a degradação e o desaparecimento
dessas redes fluviais.
Um
município que leva o orgulho do termo “água boa” no nome, não pode simplesmente
banalizar esse assunto. Uma terra onde a natureza e o homem, precisam andar
juntos, em cooperação, em busca de um lugar ostentoso e cheio de belezas
naturais.
Medidas
para a proteção e conservação desse lema, devem ser tomadas de maneira urgente.
Novos programas de reaproveitamento de recicláveis, palestras de
conscientização, debates como o fórum das águas, que já vem acontecendo há dois
anos no município, são de suma importância. È preciso as pessoas se tornarem cientes,
do âmbito desse problema, para uma melhor preservação e conservação desses
meios.
Logo,
as maravilhas formadas e transformadas pela ação do tempo, devem prevalecer
diante de qualquer problema. Gerações futuras têm o direito de saber e conhecer
o verdadeiro valor cultural, orgulhando-nos do chão em que pisamos, da terra em
que nascemos e, é ali o lugar onde realmente somos feliz.
Aluna: Micheli
Hemsing
3ª
Ensino Médio
Professora Orientadora:
Márcia Melz
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