quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Olimpíadas de Língua Portuguesa

A EEB São Lourenço participou da 3ª edição das Olimpíadas de Língua Portuguesa “Escrevendo o futuro” nos gêneros:


  • Poema (5º e 6º anos)
  • Memórias literárias (7ª série)
  • Crônica (8ª séries do Ensino Fundamental e 1ª séries do Ensino Médio)
  • Artigo de opinião (2ª e 3ª séries do Ensino Médio)
As professoras apresentaram proposta de trabalho aos educandos baseados nas diretrizes determinadas pelo PPP, eixos do ensino-aprendizagem da LP e as metodologias propostas pela olimpíada.
Conforme o material de divulgação das olimpíadas nesta todos ganham, por ser “muito mais que um concurso de textos ,[...] é uma oportunidade de transformar o ensino da escrita em uma ação docente voltada à formação do aluno para a vida em sociedade e para o pleno exercício da cidadania.”
Após a realização de todas as sequências, chegou o momento da produção final dos alunos. Fez-se então, a escolha das melhores produções por turma que foram encaminhadas à comissão julgadora escolar, sendo que a mesma escolheu um de cada gênero de acordo com os critérios da olimpíada.
Estes representarão a escola na fase municipal:

Gênero Poema:

MINHA VIDA NO INTERIOR

Mal amanhece e os galos
Se põe a cantar
Acordando aqueles
Que estavam a sonhar.

O sol já começa a nascer
E a brisa a soprar
De repente pássaros alegres
Estão sua melodia a cantar.

O município de Iporã do Oeste
Tem “água boa” como significado
O Rio Pirapó é muito importante
Pois abastece a cidade por todo lado.

O verde por todo lado
É coberto pela geada no inverno
Mas no verão é tão quente
Que até parece um inferno.

Faça chuva ou faça sol
Todo dia, cedinho vamos acordar
Para o sustento da família
Leite das vaquinhas tirar.

É função do agricultor
Trabalhar o ano inteiro
Vai para a roça com orgulho
Ganhar o seu dinheiro.

Nas casas dos vizinhos
Janelas e portas a se abrir
Para que os moradores possam
Um ar fresco sentir.

O sol já brilha forte
Iluminando a paisagem
E borboletas voam livres
Parecendo uma miragem.

Já está anoitecendo
O pôr-do-sol fico a observar
Com o vento batendo em meu rosto
No dia seguinte começo a pensar.

No meio da fauna e flora
E no interior que convivo
Tenho muito orgulho
Desse lugar onde vivo!.

Aluna: Daiane Maldaner
6º ano Ensino Fundamental
Professora Orientadora: Fabiane Heller


Gênero Memórias Literárias:

SAUDADES DESSE TEMPO


 O sol lá fora já havia raiado, e eu estava de baixo de uma coberta de pena de pato, deitado sobre uma cama de ferro velha. As paredes de madeira mal feitas, deixavam escapar para dentro do quarto alguns raios de sol, que descansavam sobre o meu rosto fazendo-me acordar.
Eu já tinha vinte e cinco anos, e ainda morava com meus pais. Já estava mais do que na hora de seguir o meu caminho, e de construir a minha história.
Neste dia, eu fui procurar um pedaço do meu futuro, um lugar aonde iria passar o resto da minha vida.
Saí ainda manhã de casa, fui a pé, teria que passar pela mata porque não havia estradas, e nem piques.
Levei comigo um facão e muita coragem, pois naquele dia, circunstância nenhuma iria me fazer desistir do meu maior sonho.
A cada passo, deixava para trás essa dependência que sentia, por ainda morar com meus pais. Estava determinado de que, a partir daquele dia eu iria construir a minha família.
Enquanto caminhava, me deparava com o mundo que estava ao meu redor. Plantas, árvores, animais, era simplesmente tudo magnífico.
Eu já estava cansado, os meus pés calejados de tanto caminhar sobre aquele solo quente. Mas o que me animava, era ver os pássaros dançando nos galhos das árvores, cantarolando melodias que só eles entendiam. Borboletas com cores vibrantes pousavam em meus ombros. Fazendo me entender de como o mundo era belo.
Segui caminho firme no meu sonho. Quando depois de muito andado, vi por entre as árvores um lugar plaino e bom. Aonde perto passava um pequeno riacho, de águas límpidas. Meus olhos, brilhavam de alegria, estava arrepiado por completo. E naquele instante a única coisa que me passava pela cabeça, foi que ali seria o lugar aonde iria dar continuidade a minha vida.
Tenho uma saudade imensa daquele tempo, em que vivíamos juntamente com a natureza.
Esta pequena comunidade, que eu e meu irmão fomos colonizadores, foi palco de grandes alegrias. Lá que dei sentido a minha vida. Foi na pequena casa que construí, que a  minha esposa deu a luz aos nosso filhos. Lá, debaixo daquele teto, ensinei á eles, as lições, que todo pai deveria ensinar aos seus filhos.
Estas são algumas lembranças, que restam a memória de um velho homem. Lembranças de tempo em que as pessoas aproveitavam mais a vida.Onde as crianças aproveitavam até mesmo o último raiar do sol para poder brincar com a terra.
Aluna: Franciéli Hemsing
7ª série
Professora Orientadora: Sinara Pinto

 

Gênero Crônica:

INSEPARÁVEL COMPANHEIRO!

 

       Acordar como todo dia de manhã cedinho. Olhar pela janela e sentir aquela leve brisa em seu rosto. No entanto, hoje havia algo diferente, aquela paisagem estava toda branca. Éh! O inverno do sul chegou!
       O momento sublime do banho quentinho. Roupas e mais roupas jogadas sobre a cama. Mantas, toucas, luvas, meias... Preparar aquele gostoso chocolate quente. Saborear um bolinho de chuva ou um pão de queijo. Se aconchegar ao lado do nosso velho amigo.  Contudo, já é hora de ir para a aula; não é moleza não! Escutar a cada passo o barulhinho daquele gramado recheado de gelo. Tal caminhada, em direção a escola, foi mesmo refrescante. Estava crente de que todos estariam assim como eu; gordinhos, bem agasalhados.
       Mesmo com as queixas do frio, sabemos tirar bom proveito disso, tomando uma deliciosa sopa na cumbuca preparada pela mamãe. Sofá, cobertas e filmes em sessões da tarde ficam ainda melhores com uma agradável companhia. Não podendo faltar as pipocas e o mate-doce. Uma combinação perfeita, que garante uma tarde bem aquecida. Até optamos por um passeio em belos lugares, ao encontro do frio. Usufruir das lindas paisagens que as baixas temperaturas nos propõe.
       Em casa, era inevitável o barulho do ranger dos dentes. O frio já batia nos vidros novamente querendo entrar. E se bate ou não, pouca diferença faz. Ele entra, istalando-se pelos comodos da casa. Entretanto, o afago de um abraço, o calor de um beijo, as risadas, os carinhos e a agradável companhia do fogão a lenha, espantou para longe o frio.
       Era junho, e mesmo o frio se expandindo por todo julho, nenhuma noite foi igual àquela. A noite mais gelada do ano, regada a um mate-doce, uma boa música e o ardor do fogão a lenha, me fez ficar ainda mais juntinho da minha família, aquecendo a todos neste rigoroso inverno do sul. 

Aluna: Thalía Halmenschlager
1ª Ensino Médio
Professora orientadora: Márcia Melz
 
 

Gênero Artigo de Opinião:



Do bem mais precioso ao nome


Iporã do Oeste, terra do homem simples, trabalhador e da água boa. Localizado no Oeste Catarinense, tem seu destaque pelo grande crescimento em termos populacionais e consequentemente, econômicos. A produção pecuária gira basicamente em torno da agricultura familiar. Na vegetação resplandece a mata nativa, sendo assim, um lugar com uma flora diversificada.
Situado entre os limites geográficos do aqüífero guarani, Iporã é privilegiado com uma enorme abundância em água doce. Espalhados pelo município encontram-se várias fontes naturais, que ao longo do seu percurso, originam pequenos lajeados e riachos. Ao decorrer desses córregos, com a quebra de algumas rochas, formaram-se inúmeras quedas D’água. Com uma beleza natural magnífica, a pequena e bela Iporã, torna-se um lugar de aconchego e convívio familiar.
Porém, um grande problema encontrado em termos de conservação e preservação destes modestos afluentes, é a poluição. Com o demasiado crescimento da população, o limite de ocupação legal da terra é simplesmente ignorado por algumas pessoas. Ao percorrer o curso de um pequeno córrego, podem ser encontrados vários tipos de lixo e dejetos de animais. O problema dessa situação, é que muitos agricultores, que moram perto da passagem da água, dependem dela para a criação de animais, sendo que se ela estiver poluída, torna-se inutilizável para o consumo. A arrogância dessas pessoas provoca a degradação e o desaparecimento dessas redes fluviais.
Um município que leva o orgulho do termo “água boa” no nome, não pode simplesmente banalizar esse assunto. Uma terra onde a natureza e o homem, precisam andar juntos, em cooperação, em busca de um lugar ostentoso e cheio de belezas naturais.
Medidas para a proteção e conservação desse lema, devem ser tomadas de maneira urgente. Novos programas de reaproveitamento de recicláveis, palestras de conscientização, debates como o fórum das águas, que já vem acontecendo há dois anos no município, são de suma importância. È preciso as pessoas se tornarem cientes, do âmbito desse problema, para uma melhor preservação e conservação desses meios.
Logo, as maravilhas formadas e transformadas pela ação do tempo, devem prevalecer diante de qualquer problema. Gerações futuras têm o direito de saber e conhecer o verdadeiro valor cultural, orgulhando-nos do chão em que pisamos, da terra em que nascemos e, é ali o lugar onde realmente somos feliz.
Aluna: Micheli Hemsing
3ª Ensino Médio
Professora Orientadora: Márcia Melz

 


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